INTRODUÇÃO Recentemente muito vem sendo discutido sobre a importância da água para manutenção da vida, as mudanças de paradigmas quanto à gratuidade da água e a necessidade urgente de medidas que reverta o seu atual quadro de degradação. Quadro esse que exige do poder publico e da sociedade um melhoramento da gestão dos recursos hídricos, isto é, adotando medidas adequadas de planejamento e gestão, conforme a lei das águas (Lei 9433/97). A água é uma substância notável por apresentar-se no estado liquido nas condições normais de temperatura e pressão, sendo uma das poucas substancias inorgânicas a possuir tal característica. Porém, conseqüentemente, sua densidade atinge valores relativamente elevados, existindo uma interface bem definida entre o meio aquático superficial e a atmosfera, pois a densidade da água é de cerca de oitocentas vezes superior á densidade do ar. Estudam apontam que mais de um bilhão de pessoas não tem acesso a água e que a população mundial aumen...
Quem examina a historiografia brasileira oitocentista reconhece-lhe logo certa imbricação com a literatura. De fato, inicialmente subordinada como gênero literário, ela viu o seu nascimento coincidir com o processo de autonomização crescente de seus pressupostos e de sua poética. Assim, é na medida em que se constitui como discurso peculiar, que a historiografia produz a sua própria gênese moderna. (PUNTONI, 2003, p. 634) O Indianismo, com sua idealização, valorização e invenção do índio, esteve presente em obras produzidas desde o Brasil Colônia. Autores do Arcadismo, no século XVIII, como Basílio da Gama, que publicou em Lisboa Uraguai (1769) e Santa Rita Durão, com Caramuru (1781), já traziam à tona essas imagens sobre os índios. Contudo, “o Arcadismo realizou a representação do índio palatável ao gosto ocidental [...]. Descobria-se que a imagem domesticada substituía com vantagens a incômoda realidade étnica brasileira, selvagem e plural.” (AMOROSO; SÀEZ, 1998, p. 239). No século ...