
INTRODUÇÃO
Diante de tantas transformações que ocorrem no mundo globalizado que vivemos, junto a essas mudanças encontramos problemas sérios que necessitam de solução imediata. Dentre esses problemas temos o comportamento bullying, que é fato não só no âmbito escolar bem como em todas as esferas sociais. Diante disso, nosso anteprojeto de pesquisa tem como objetivo geral investigar com base em alguns pressupostos teóricos dentre eles SILVA, se a arte tem papel importante no desenvolvimento cognitivo e social dos que são vítimas do bullying na escola. Para isso propomos uma metodologia inicial, onde a investigação se dará em cinco escolas de Macapá o que possibilitará a confirmação ou o falseamente das hipóteses levantadas.
MARCO TEÓRICO
O Bullying é um fenômeno tão antigo quanto a própria instituição denominada escola. No entanto, o tema só passou a ser objeto de estudo cientifico no início dos anos 70. Começou na Suécia onde grande parte da sociedade demonstrou preocupações com a violência entre estudantes e suas conseqüências no âmbito escolar. Em pouco tempo, a mesma onda de interesses contagiou todos os demais países escandinavos.
De origem inglesa, o termo foi adotado por diversos países para conceituar alguns comportamentos agressivos e anti-sociais e é um termo utilizado nos estudos realizados sobre a problemática da violência em seu sentido mais amplo dentro da escola. Assim, temos uma definição universal trazida por alguns autores:
[...] Bullying é um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento. Insultos, intimidações, apelidos cruéis, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam, ridicualizam e infernizam a vida de outros alunos, levando-os à exclusão, além de danos físicos, morais e materiais, são algumas das manifestações do “comportamento bullying” (FANTE, 2005, p.28 – 29).
Isso nos remete a um quadro social conturbado onde vivenciamos uma época cheia de “incertezas, tensões, falta de valores, com a perda da noção de limite entre o bem e o mal, conceitos esses que regem justamente o nosso comportamento em âmbito social” (ARRIETA, 2000, p.84).
Fante (2005, p.20), relata que para se prevenir atos violentos nas escolas, estão sendo tomadas medidas preventivas de segurança como muros, grades altas,detectores de metais e câmeras de vídeo para monitoramento dos alunos. Esse tipo de violência descrita pela autora é a violência explícita que todos conhecemos e até certo ponto combatemos. No entanto, existe outro tipo de violência que vem sendo estudada por profissionais da educação. Trata-se segundo SILVA(2010, p.64) da violência que “expõe não somente a intolerância às diferenças, como também dissemina os mais diversos preconceitos e a covardia nas relações interpessoais dentro e fora dos muros escolares”.
A autora faz referência ao bullying, que há muito tempo já é um comportamento comum, e que muitas vezes por falta de orientação é encarado como uma “brincadeira boba”. Em face disso, com o crescimento da violência no âmbito escolar, é necessário que os profissionais de educação estejam mais atentos aos comportamentos de sua clientela, a fim de evitar a proliferação.
Nesse sentido, Pereira (2002, p.11) acrescenta que:
A educação e a cultura deveriam tender a eliminar as formas agressivas de resolução de tesões que provocam as diferenças individuais. A educação deveria valorizar e promover os comportamentos de empatia, a negociação verbal, o intercambio de idéias, a cedência de ambas as partes na procura da justiça, no direito à igualdade de oportunidades para todos e no direito às diferenças de cada um. Educar para a liberdade com igualdade de direitos e obrigações, em que os direitos de um determinam onde começam os direitos dos outros.
Entendemos assim, que a escola tem um papel importantíssimo no que se refere ao ensino de valores e respeito às diferenças de cada um para que o ambiente escolar se torne saudável e tranqüilo para os educandos.
Silva (2010, p.63) afirma que: as escolas mais sensíveis e atentas às mudanças globais de nosso tempo já estão procurando dar conta dos novos desafios e reforça afirmando que é necessário modificar não somente a organização escolar, os conteúdos programáticos, os métodos de ensino e estudo, mas sobre tudo a mentalidade da educação formal.
Dentre dessas modificações estão as estratégias nas quais a escola deve se valer para diagnosticar e ajudar as vítimas desse fenômeno na escola.
Partindo do pressuposto de que cada um tem a capacidade de ser resiliente, que segundo Silva (2010, p. 76) referindo-se ao comportamento humano afirma ser: a capacidade que um individuo possui de transmutar sofrimento, dor, rancor, magoa ou raiva em aprendizado. Este por sua vez, é capaz de gerar soluções que o fazem superar problemas e traumas surgidos pela agressões do bullying, a escola pode é deve tanto quanto a família dar apoio e incentivo para que os afetados desenvolvam seus talentos numa ação conjunta e salvaguardem a sua alta-estima, despertando assim seu poder de resiliência para que possam acionar os mecanismos de defesa positivos que o levem a superação dos obstáculos. Nesse sentido, nosso anteprojeto de pesquisa tem como objetivo geral investigar a importância da Arte no desenvolvimento cognitivo e social das crianças, adolescentes e jovens que conseguiram ou estão na tentativa de superar as conseqüências do bullying.
Autor Desconhecido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
ARRIETA, Gricelda Azevedo. A violência na Escola: a violência na contemporaneidade e seus reflexos na escola. Canoas: Ed. UPBRA, 2000.
FANTE, Cleo. Fenômeno Bullying. Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 25°Edição. Campus-SP. Veros Editora, 2005.
PEREIRA, Beatriz Oliveira. Para Escola sem violência: estudo e prevenção das práticas agressivas entre crianças. Fundação Calouste Gulbenkiam, 2001.
SILVA, Ana Beatriz B. Bullying: Mentes perigosas nas escolas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010.
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