No filme filhos do silêncio pude fazer algumas observações com relação ao processo educacional a primeira coisa que me chamou a atenção, foi a separação do surdos em sala diferenciada dos demais alunos, a trama se deu da seguinte forma, um professor foi chamado para dar aulas de oralização para surdos foi quando ele começou a analisar a servente da escola que era surda pois ela parecia bem inteligente, ele acreditava que se ela conseguisse fazer leitura labial é falar seria melhor para a socialização dela com o mundo.
Então começou um dilema porque ela já sabia oralizar mas não contava para o professor, pelo fato de quando ela era criança foi muito descriminada quando tentava falar achava sua voz feia a verdade é que ela teria sofrido muito durante sua vida por conta da surdez, então preferiu ficar no seu silêncio.
A atriz protagonista do filme, que era a servente da escola foi criada até os seus sete anos de idade como se fosse louca, ou seja, nessa época acreditava que a surdez era doença. O objetivo do professor era os de ensinar os seus alunos à aprender a fazer leitura labial, apresentação de danças, representação do mundo e falar. Entretanto o preconceito era muito forte na sociedade, as famílias não aceitavam o fato de ter um de seus membros surdo os pais achavam que tinham errado em alguma coisa, como foi no caso a atriz protagonista é o espaço no mercado de trabalho era restrito limitado a atividades com pouca representação intelectual e conseguintemente pouco prestigio na sociedade.
Todas essas questões que foram tratadas no filme, foram esclarecidos e tiveram melhor entendimento com a leitura da apostila à qual aborda a historia da língua de sinais e como se deu o processo educacional e outros temas relevantes aos surdos. Em 11 de Setembro de 1880, houve uma conferencia entre vários países onde foi decidido que a partir daquele dia seria proibida a língua de sinais nas escolas. Essa proibição foi um marco trágico para os surdos por serem obrigados a oralizar.
Atrasando assim seu processo natural de aprendizagem por cem anos. Apenas em dois países que não aceitaram a proibição da língua de sinais, que foram: Grã-Bretanha e Estados Unidos, foi onde a educação conseguiu se desenvolver para os surdos, os quais alcançaram lugares privilegiado na sociedade. Nos dias atuais teria que haver uma espécie de consenso entre ouvintes e surdos buscando sempre a melhor solução, para quebrar esse paradigma hegemônico que sempre esteve presente na história do surdo, entretanto, valorizando em primeiro lugar a subjetividade do surdo, então encontraremos os processos metodológicos didáticos necessários para a facilitação da construção do conhecimento, contudo o surdo conseguirá conquistar seu espaço na sociedade que é de direito.
Quem examina a historiografia brasileira oitocentista reconhece-lhe logo certa imbricação com a literatura. De fato, inicialmente subordinada como gênero literário, ela viu o seu nascimento coincidir com o processo de autonomização crescente de seus pressupostos e de sua poética. Assim, é na medida em que se constitui como discurso peculiar, que a historiografia produz a sua própria gênese moderna. (PUNTONI, 2003, p. 634) O Indianismo, com sua idealização, valorização e invenção do índio, esteve presente em obras produzidas desde o Brasil Colônia. Autores do Arcadismo, no século XVIII, como Basílio da Gama, que publicou em Lisboa Uraguai (1769) e Santa Rita Durão, com Caramuru (1781), já traziam à tona essas imagens sobre os índios. Contudo, “o Arcadismo realizou a representação do índio palatável ao gosto ocidental [...]. Descobria-se que a imagem domesticada substituía com vantagens a incômoda realidade étnica brasileira, selvagem e plural.” (AMOROSO; SÀEZ, 1998, p. 239). No século ...
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