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O Índio Americano na Época da Colonização


Resenhado por: AGUIAR, Saulo Ramon Morais de.;CRUZ, Ligia Trindade da.;LIMA, Rodrigo Pacheco de.;NETO, Nivaldo da trindade Monteiro.;SILVA, João Paulo Costa da.;
SILVA, Josiel P. da Silva.


A origem da palavra “Índios”, foi dada pelos europeus por imaginaram estarem próximo as Índias, isto é, não existia nenhum conceito sobre os habitantes ocidental dos seres humanos de fora, e por esses povos estarem isolados do continente europeu, os europeus gostavam de dividir o mundo em dois ocidentes, os dos “não índios” e dos “índios”.
Contudo, o que devemos enfocar, é que o sistema de vida dos índios, havia passado por longos processos de evolução independentes, da qual apresentava as própria força, integridade e causa. E em geral, pode-se se afirma que os europeus se concertaram de forma desproporcional em áreas com população indígenas sedentárias, é os semi-sedentários, tinham interesses apenas secundários.
Assim, existiam quatro estilos de vida diferente na América, coexistindo entre si, classificados em: povos sedentários imperiais, sedentários não imperiais, semi-sedentários e povos não sedentários.
Quanto aos povos sedentários imperiais se caracterizam pela presença de um governante, uma espécie de divisão em classes e possuíam postos ou tributos que podiam ser pagos em espécie, podemos destacar algumas civilizações conhecidas como: Incas, Astecas, Maias e Mexícas.
Nem todos os povos sedentários precisavam passar pela forma imperial, pois para ser considerado sedentário bastava que se fixassem em um único local e praticassem agricultura intensiva, infelizmente a poucos registros desses povos que passaram quase que imperceptivelmente ao contrário das grandes civilizações da América.
Os semi-sedentárias da América caracterizavam, por possuírem uma cultura diferente dos sedentários em alguns aspectos, podemos citar, a forma de trabalho na terra, pois usavam uma técnica de rotatividade no seu plantio, que consistia em sempre trocar de local de plantio chegando a mudar-se também suas moradas, viviam da caça e da pesca.
Apesar das características que lhes faltavam, e que foram decisivas para seu declínio, mas possuíam grande poder de resistência, devido grande manejo com arco e flecha, proporcionado pela prática na caça e na guerra.
Já os povos não sedentários, eram povos que não possuíam moradia, ou qualquer tipo de fixação a terra e os outros povos ameríndios os identificavam como caçadores e coletores, pois dependiam totalmente da natureza para sua sobrevivência. Essa característica, ao contrário do que venham se pensa dificultavam sua dominação pelos europeus, como não armazenavam comida, ou possuíam casas, quando o conquistador entrava no seu território não tinham o que pregar, como alimentos.
Porém, a visão dos colonizadores espanhóis das Américas em relação aos índios, mostrando que essa visão é erronia. Essa idéia se dá pelo fato de fazer que os europeus se considerares-se os heróis dessa colonização, os índios usaram formas de desistência mal interpretadas, levando os a serem taxados de preguiçosos, e brutais, valentes e atrasados ou fracos e pobres coitados.
Essa visão errônea foi passada a nos culturalmente e historicamente, porém, estudos mais recentes proporcionaram a quebra desses paradigmas, mostrando que o fato do índio não trabalhar, conversar e ate fugir, era uma reação a opressão do colonizador.
O principio da colonização, devido ao fato de os europeus chegarem matando e estopando, dizimando tribos inteiras, fez com que os índios, reagissem, porém os europeus com armas mais modernas venceram, não pelo fato dos índios serem inferiores mais por possuírem culturas diferentes.
Os índios utilizaram artimanhas para evitar a dizimação total, que foi, trabalhar lentamente e principalmente não falar a língua do colonizador, isso foi bem destacado no texto.
Segundo alguns autores que estudaram essas tribos dos ameríndios nas entrelinhas, houve uma mudança de comportamento em relação ao conquistador, pois o índio, considerados atrasados desenvolveram uma técnica de resistência sem luta, porque o fato de que o índio não falar o idioma era uma maneira de preservar sua cultura, pois, podia ser totalmente perdida nesse choque de cultura.
No quesito religiosidade os povos indígenas das Américas possivelmente absorveram as características similares a suas crenças, no caso dos índios das missões para passar um imagem de novo cristão, e que estava absorvendo a cultura européia.
Alguns povos ameríndios tinham leis extremamente rigorosas quanto bebida, pois, muitos passaram a adquirir esse habito após a conquista, tanto que o autor relata que alguns índios passaram a beber vinte e quatro horas por dia, outros aspectos intrigante relatados pelos autores e o caso das mentiras principalmente sobre lugares cheios de ouro como o “El dourado”, utilizando-se da ganância dos colonizadores, os indicavam lugares de difícil acesso com muito ouro, devido o caminho serem perigosos, muitos morreram atrás desses lugares, portanto pode-se dizer que isso era uma tática para resistir a colonização.
Por mais que os autores tivessem diversos pontos de vistas, todos chegaram a essas conclusões sobre os povos ameríndios. Pelo fato de os europeus virem atrás de explorar as riquezas não perceberam tais aspectos tão peculiares dos indígenas, e os interpretou de forma erronia.
Pelo fato dessa colonização ter sido tão mal feita, de certa forma, muitos objetos de estudos foram perdidos.
Portanto, a colonização do continente americano (Novo Mundo), se caracteriza pelo fato do grande numero de ameríndios mortos, destruição de monumentos ou outros tipos de materiais que serviram como material de pesquisa hoje, e que o colonizador, buscou de algum forma, apagar o índio da história desse novo mundo, dando características de preguiçoso, de selvagem, e por desconhecerem aqueles seres humanos, dão o nome de índios, não por apresentarem alguma característica para receberem esse nome, mas pelo simples fato, de que os europeus estavam nas Índias.
BIBLIOGRAFIA
BRUIT, Héctor. América em tempo de Conquista. O visível e o invisível na conquista hispânica da América. p. 75-99.

CSHWARTE, Stuarts & LOCKHART, James. A América latina na época colonial, Os modos Indígenas. p.51-79.

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